Abstract
Espécies de Staphylococcus são as bactérias mais comuns responsáveis por infecções humanas que podem evoluir para condições mais graves, como o choque séptico. Devido à presença de diversos fatores de virulência, esses microrganismos têm apresentado resistência aos antibióticos comerciais, por isso a busca por novos agentes antimicrobianos torna-se necessária. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antibacteriana do extrato aquoso, da fração proteica e da lectina WSMoL obtidos das sementes de Moringa oleifera contra cepas de S. aureus. O extrato aquoso foi obtido a partir da homogeneização do pó das sementes (10g) em água destilada (100 mL). A fração proteica (FR-60%) foi obtida após precipitação das proteínas do extrato aquoso utilizando sulfato de amônio (60% de saturação). WSMoL foi isolada por cromatografia em coluna de quitina. A atividade antimicrobiana foi avaliada com duas cepas de S. aureus (UFPEDA-02 e 670) através do ensaio de microdiluição em caldo a partir da determinação da concentração mínima inibitória (CMI) e bactericida (CMB). O extrato aquoso apresentou CMI100 de 1,20, CMI50 de 0,30 mg/mL e CMB de 1,20 mg/mL para ambas as cepas testadas. A CMI50 para FR-60% foi de 0,45 (UFPEDA-02) e 0,11 mg/mL (UFPEDA-670). WSMoL apresentou CMI50 de 1,12 mg/mL para UFPEDA-670. As preparações da obtidas a partir das sementes de M. oleifera apresentaram ação antibacteriana frente a cepas de S. aureus e mais estudos são necessários a fim de elucidar os mecanismos relacionados a essa atividade.