Abstract
As definições de adoecimento mental apresentam características polissêmicas e o seu manejo ultrapassa questões técnicas, estando intimamente associado a questões sociais, econômicas e políticas. No presente estudo tem-se como objetivo traçar o perfil sociodemográfico das internações relacionadas a saúde mental no país no período compreendido entre 2008 e 2019. Foi notável a prevalência dos casos de esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes, bem como dos casos associados ao uso de álcool e outras drogas. Observou-se o predomínio do grupo etário entre 30 e 39 anos, da população masculina e de urgências. Esse tipo de acometimento se apresenta de maneira mais pronunciada em estratos populacionais específicos o que aponta para a necessidade de políticas e estratégias de atenção diferenciadas e dirigidas visando uma atuação mais direcionada e eficaz nos serviços de saúde.