Abstract
O presente estudo teve por objetivo verificar se há diferenças na forma e no tamanho do ácaro Varroa destructor proveniente de diferentes populações do Nordeste do Brasil. Um total de 300 fêmeas adultas provenientes de 15 pontos amostrais e coletadas no período de junho a agosto de 2016 foi analisado. A técnica utilizada foi a morfometria geométrica e análises estatísticas multivariadas, Variáveis Canônicas, Função Discriminante com Validação Cruzada para variações na forma e teste não paramétrico Kruskal Wallis para tamanho, sendo aplicadas a região inguinal e genitoventral do exoesqueleto do ácaro. Diferenças morfométricas discretas nas populações foram observadas. Na análise da região inguinal, foi verificada a existência de variabilidade na forma do ácaro, foram gerados 14 componentes canônicos, das quais cinco variáveis explicaram 87,37% da variação total. A amostra proveniente de Areial-PB se distanciou das demais. A porcentagem de classificação de V. destructor (região inguinal) foi considerada correta e indicou uma variação de 65% a 95%. Diferenças significativas entre as amostras foram observadas a partir da distância de Mahalanobis, onde a maior distância morfométrica (3,66) ocorreu entre as populações dos municípios de Areial-PB e Rafael Jambeiro-BA e a menor entre as populações de Gandu-BA e São Cristovão-SE (1,12). A análise da região genitoventral de V. destructor não permitiu a separação de grupos populacionais e foi observada uma sobreposição dos indivíduos. A partir da análise de Mahalanobis, a maior distância (2,94) foi observada entre as populações de Areial-PB e Barra-BA e a menor entre as populações de Utinga-BA e Rafael Jambeiro-BA (0,77). A análise da região inguinal do ácaro V. destructor revelou a existência de um padrão morfométrico e a ocorrência de plasticidade fenotípica entre os ácaros.